A folha seca plana em minha visão.
Logo, ela, toda leve,
toca o ladrilho,
toma o chão.
Corpo presente,
terra, força e brilho.
Eu, ampla e leve, salto,
tão normal
ao seu encontro.
Minha pisada firme,
seca,
desfaz a folha em som.
Ouço o outro em mim.
Havia, ali, a pausa
de alguém, são,
e hoje flutua pela cidade,
com a presença
de quem descobriu
habitar um corpo.
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pandemia, são paulo 2020